Petrobras: campeã mundial de má gestão

Com a divulgação do balanço, atrasado, de 2014 fiquei sabendo, horrorizado, de parte dos gigantescos prejuízos na nossa maior empresa, a Petrobras.

Por décadas lutei para promover o Brasil e para conseguir, com sucesso, que investidores internacionais colocassem centenas de milhões na pesquisa mineral brasileira que gerou tanta riqueza. Neste período sempre usei, com orgulho, uma argumentação recheada de exemplos de sucesso e da qualidade brasileira, que, obviamente incluía a Petrobras.

Hoje vejo, chocado, que esta parte da minha argumentação era a mais pura mentira.

Não existia qualidade na gestão da Petrobras!

O desserviço que esses executivos da Petrobras estão fazendo ao Brasil é, simplesmente, enorme. É difícil, como brasileiro, aceitar o estupendo impacto negativo à imagem do Brasil e os seus desdobramentos presentes e futuros. Não estou só falando de números, que são simplesmente monstruosos, mas do significado e da implicação destes.

Seremos, pelas próximas décadas, uma nação manchada pela corrupção e pela má gestão da Petrobras.

Uma mancha encardida, difícil de ser lavada.

A perda devida à corrupção e à má gestão totaliza inacreditáveis R$50,7 bilhões.

Deste total somente o prejuízo da corrupção levantada pela Lava a Jato na Petrobras, que ainda continua desnudando mais podres, atingiu R$6,1 bilhões.

É simplesmente inacreditável que um dia eu veria a Petrobras, uma empresa que a todos nós orgulhava, declarar que a corrupção e a má gestão imperavam e que abocanharam cinquenta bilhões e setecentos milhões do bolso do acionista, da população brasileira.

Onde está a qualidade tão propalada da Petrobras?

A estatal, corrompida de cabo a rabo, se transformou no covil de quadrilheiros, corruptos, bandidos de baixo nível, que sugaram o sangue, o trabalho e o emprego de tantos brasileiros.

Aprendi que a quadrilha que assolou a estatal era constituída não só de políticos e seus partidos, mas também por funcionários de carreira que corromperam e foram corrompidos pelo nosso dinheiro que corria solto, sem supervisão dos piores gestores do mundo, que permitiram um prejuízo de quarenta e quatro bilhões de reais adicionais.

Se era difícil ser brasileiro antes de abril de 2015, agora vai ser muito mais.

Os problemas, entretanto, não param por aqui, como querem os políticos da base do governo. A página ainda não foi virada como falou, com os olhos esbugalhados, Aldemir Bendine o Presidente da Petrobras.

É preciso limpar e exorcizar a Petrobras dos responsáveis por tamanho prejuízo.

Não é possível simplesmente “virar a página” e continuar com uma administração de baixo nível, comprovadamente ineficiente, que é a grande responsável pelo derretimento da Petrobras e pelo efeito cascata que, aos poucos, vai contaminando toda a economia brasileira.

Autor:   Pedro Jacobi - O Portal do Geólogo

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